Os mamutes estão a voltar, e o maior passo dado para ressuscitar esses animais extintos durante a Era do Gelo foi comunicado por um grupo internacional de cientistas.
Tudo isto foi possível graças a avanços recentes nas técnicas de leitura de DNA, que ao longo dos últimos 15 anos reduziram a decifração de genomas de missão bilionária a um procedimento quase banal de processamento de dados.
As amostras de DNA de mamute estavam fortemente degradadas, tiradas do pêlo de indivíduos que morreram cerca de 20 mil anos atrás e que foram preservados no gelo.
"Não havia cromossomos intactos na amostra de mamute", revelou Stephan Schuster, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, pesquisador que liderou o estudo. "Todos os pedaços de DNA tinham apenas 100 a 150 pares de base cada um."
De grão em grão, no entanto, enche o mamute o papo e, juntando todos os pedaços, os cientistas "leram" mais de 4,1 bilhões de letras de DNA.
Só faltou colocar tudo na ordem correcta. Os cientistas fizeram isso tomando por base o genoma do elefante africano, um parente próximo do animal extinto. No final, concluíram a tarefa constatando que possuíam cerca de 70% do genoma completo do mamute.
Há uns tempos atrás, ninguém acreditava que isso fosse possível. E mais: os pesquisadores vão continuar a trabalhar, para atingir a meta dos 100%.